domingo, 1 de abril de 2012

Ogum

Orixá da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.Orixá guerreiro, defendendo as leis e a ordem, representa todas as batalhas da vida, ele faz parte de tudo aquilo que é preciso lutar para alcançar vitória.Ogum ensina os homens a manufaturar o ferro e o aço, a ele pertence o "obé" – a faca utilizada para os sacrifícios.Em muitas lendas aparece como irmão de Odé e Bará. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção. Depois de Bará é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a quinta-feira.Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá,etc. É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Bará porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada dascasas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros,trabalhadores e agricultores.

- Saudação - Ogunhê.
- Dia da semana - segunda-feira para Ogum Avagãn e quinta-feira para os demais.
- Número - 07 e seus múltiplos.
- Cor - vermelha e verde.
- Guia - vermelho e verdes escuros.
- Oferenda - pipoca, farinha de mandioca mistura com dendê, costela de gado assada e três laranjas de umbigo cortadas em cruz.
- Adjuntós - Avagãn com Oyá Timboá ou Oiá Dirã, Onira com Oiá, Olobedé com Iansã, Adiolá com Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí.
- Ferramentas - alicate, espada, faca, bigorna, búzios, moedas, martelo, tenaz,lança e ferradura.
- Ave - galo vermelho dourado.
- Quatro pé - cabrito branco, vermelho, malhado ou escuro, menos preto.
- Ogum Avagãn - São Paulo
- Ogum Onira, Olobedé e Adiolá - São Jorge.

 Ogum ou Ogundelê (em iorubá: Ògún) é, na mitologia iorubá, o orixá ferreiro, senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. Na África, seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odus etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial no candomblé através do assentamento sagrado denominado igba ogun.
 Ogum é considerado o principal orixá a descer do Orun (o céu) para o Aiye (a Terra) após a criação, um dos semideuses visando a uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra". Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
 É filho de Oduduwa e Yemu. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé. Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último Igbá imolé. Os Igba Imolé eram os duzentos orixás da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos orixás da esquerda.
 Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.
 Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.
 Na religião do batuque, o orixá Ogum é o dono do ferro e de todos os seus derivados, como armas e ferramentas. Também é dono da bebida alcoólica e é considerado o senhor da guerra. É esposo de Iansã, que o traiu com Xangô após embebedá-lo com atã.
 Por ser o dono do "obé" (faca), sem ele não tem como outros orixás serem feitos. Qualquer sacerdote de orixá tem que ter Ogum em seus assentamentos, pois este é o dono do axé das facas. Por ser dono das armas, é invocado para vencer demandas. Pela mesma razão é o protetor dos policiais e dos soldados.
 A diferença entre as obrigações de faca de Ogum e Bará é que o primeiro é firmado para a ritualística de somente Orixás, enquanto que o segundo é firmado para serviços de Egúns e trocas.
 Na Nação Jêje, existem três classes de Ogum: Avagã: Cultuado na parte externa do templo. Junto com o Bará Lodê, faz a proteção externa do local. Tem tendência a ser usado em trabalhos de maior demanda. Onira: Cultuado na parte interna do templo. Tem como missão proteger todo espaço do culto contra demandas de morte e feitiços. Adiolá: Ogum da parte interna do templo.Trabalha principalmente com os orixás de praia.
Em algumas casas da Nação, há uma quarta classe de Ogum, que recebe o nome de Olobedé. Trabalha também na parte interna do templo, com ações de limpeza e afastamento de energias maléficas. É um Ogum muito severo, mas de grande consciência.

 As suas cores são o vermelho e o verde (para o Meje, verde e branco). O dia da semana consagrado a Ogum é a terça-feira (segunda-feira para Ogum Avagã), e o seu sincretismo é com São Jorge (em algumas nações Ogum Avagã é sincretizado com São Paulo). A sua saudação no batuque, "Ogunhê!", é muito usada nas procissões em comemoração ao Dia de São Jorge (23 de abril) , juntamente com saudações ao santo católico.
 As suas armas e ferramentas são: a espada,a lança, a bigorna, o escudo, o capacete, a ferradura, o martelo, a marreta, a enxada, o ancinho, o alicate, o bisturi e o serrote (para Ogum Avagã, um revólver). Os seus metais são o ferro, o aço e o chumbo, e sua pedra é o diamante.
 As suas atividades são a agricultura, a batalha, as viagens, os caminhos, e a caça.
Na Nação Jêje, seu fio é feito com uma conta verde-mato e uma vermelho-sangue ou verde e branco em algumas casas. Algumas casas também adotam o fio com 7 contas para cada uma na sequência, por ser seu número. Já Avagã, suas cores são o verde e o vermelho escuro.
Na Nação Ijexá, a sua guia (fio-de-contas) é feita com uma conta verde e uma vermelha para Ogum Onira e Ogum Avagã; para Ogum Adjola, contas azuis são incluídas.

- Oferenda:
  • Uma costela de boi com 3, 5 ou 7 ripas
  • Miãmiã gordo (farinha de mandioca com azeite de dendê)
  • Pipoca, folhas de alface (para Ogum Adjolá), uma maçã vermelha (para Ogum Onira), uma laranja de umbigo (para Ogum Avagã)
  • Vela: verde com vermelha; verde escuro para Ogum Avagã (Nação de Cabinda e Ijexá); verde com branca (Jeje)


  •  Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos,briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos,despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

    - Nomes de Ogum:

    Avagã
    Onira
    Olobedé
    Adiolá
    Abedé
    Adeí
    Adeíba
    Adiokô
    Adi-O-Laia
    Beí
    Birí
    Bolá
    Bomaté
    Bomi
    Cassadjó
    Darê

    Dei
    Djobí
    Doveí
    Eléfa
    Elunã
    Irajé
    Jaré
    Lecí
    Lobe-Dé
    Luá
    Malé
    Megê
    Miremí
    Naruê
    Nira
    Omí
    Omin-Maré
    Onira-Obiratã
    Onirê
    Peremi
    Riolú
    Roneí

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